domingo, fevereiro 19, 2012

Guerra e Paz em São Paulo

Fim de semana de Carnaval em São Paulo, meu filho me levou prá lugares onde a folia parece não existir. Sequer um barulhinho de batucada, ou marchinha, ou axé. Brilhos, só o do sol ou da lua. Livraria Cultura, café na Bella Paulista, jantar no aconchegante Carola. Domingo de manhã, uma visita ao Memorial da América Latina para conhecer os dois grandes painéis de Portinari.

Monumental.

No Salão dos Atos, o azul predomina nas gigantescas telas: tons mais escuros e soturnos ilustrando os horrores da guerra, tons mais claros e vivos mostrando a vida simples e calma que só se consegue em tempos de paz.

http://manchete-de-ontem.blogspot.com/2011/02/portinari-mais-paz-que-guerra.html
Leva-se tempo para capturar as cenas retratadas que, ali no salão preto iluminado de forma a garantir a visibilidade e ao mesmo tempo preservar a obra, se oferecem gratuitamente ao público que não as pôde ver no prédio da ONU em Nova Iorque, ou não poderá vê-las quando lá retornarem em 2013.
Breno impressionado pela riqueza de detalhes. A foto do celular captura muito pouco na luz dimensionada para proteger a obra.

Em outro prédio podia-se ver cerca de 100 estudos feitos pelo artista para compor a obra, que levou 4 anos para ser finalizada (1952-1956). Doente pela intoxicação provocada pelas tintas, Portinari faleceu em 1962 deixando como legado obras que nos impressionam e nos enchem de orgulho.

Voltei prá casa mais leve e mais rica, profundamente tocada pela determinação que faz um ser humano dedicar a vida inteira à arte em que deposita toda a sua alma.




Um comentário:

  1. Que beleza de passeio!! Permita-me ficar com inveja... hehehe...

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