Não faz muito tempo que conheci a Orquestra Barbarense de Violas - foi por acaso, durante uma visita que fiz ao Museu da Imigração e foi uma surpresa bastante agradável!
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Ensaio no Museu da Imigração - 2005 (foto do site da OBV) |
A Orquestra é relativamente nova - foi criada em 20 de outubro de 2001 pela iniciativa do maestro Giovanni Bonfim e com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo do município.
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Foto do site da OBV |
"A cultura preservada é uma das maiores riquezas que um povo pode ter", diz Eberson Ferraz, o Binho, regente da orquestra. "É o que tentamos fazer com a música raiz".
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Na Feira das Nações 2012 (foto: Bete Padoveze out12) |
Hoje o grupo conta com cerca de 28 integrantes e participa de shows e eventos da cidade e região, divulgando a cidade de Santa Bárbara D’Oeste e a cultura músical sertaneja de raiz.
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Na Feira das Nações (foto: Bete Padoveze - out2012) |
Compõe-se basicamente de violões e violas, mas outros instrumentos também integram a orquestra, como contrabaixo, percussão e teclado, completando os arranjos. A experiência musical dos participantes e a troca de experiências são os pontos fortes para o crescimento do grupo.
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A OBV em frente à Estação Cultural (2012) |
A OBV tem dois CDs gravados e um DVD que será lançado em agosto deste ano, contendo, além de músicas, breves histórias da seresta, rádio, da música caipira, etc., e de pessoas que fazem e fizeram história em Santa Bárbara D'Oeste
O primeiro CD, lançado em outubro de 2010, mostrou 10 canções inéditas, compostas por barbarenses, com adaptações e arranjos dirigidos pelo Maestro Giovanni Bonfim.
O segundo CD foi lançado em outubro de 2011 em comemoração aos 10 anos da fundação do grupo, contendo 10 canções inéditas compostas por integrantes da Orquestra.
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Foto extraída do site www.walterbartels.com |
O DVD, já gravado em outubro de 2012, será lançado e distribuído em agosto e conterá regravações de 12 canções do primeiro e do segundo CD. Além da OBV, conta com a participação do Grupo Violado (também de SBO), da Orquestra Piracicabana de Viola Caipira, da Orquestra Sinfônica Ninho Musical (da Fundação Romi) e de crianças do CIEP Leonel Brizolla (SBO) tocando flauta, viola e violão. A produção do DVD esta sendo dirigida pelo regente Eberson Aparecido Ferraz, (Binho).
Canções do DVD:
Faixa 1 - Sinfonia Campineira - Joãozinho Goiana / Hermano Oliveira / Israel
Faixa 2 - No fole da sanfona - Jair Maxiamiano
Faixa 3 – O Ipê e o Bem-te-vi - José Antenor Correa
Faixa 4 - Lágrimas do rio - João Carlos Moreira
Faixa 5 - Rádio de pilha - Luis Antonio Trevisan
Faixa 6 - Que vi ta tudo certo - José Antenor Correa
Faixa 7 - Tudo tem onde ficar - Antonio Amaral
Faixa 8 - Triste retorno - Bettio
Faixa 9 – Com a viola no peito - Antonio Amaral
Faixa 10 - Prá fugir da poluição - José Jair Giollo
Faixa 11 - Som da natureza - Binho
Faixa 12 – Na Paz do anoitecer - Sergio Silva / Ademar Zério
Jair Giollo, amigo de longa data, é um dos integrantes da OBV e compôs uma das músicas gravadas (foto: Bete Padoveze - out2012)
A música caipira, ou sertaneja, ou moda de viola, começou a ser produzida no Brasil a partir de 1910. Baseada na cultura caipira do interior de alguns estados, era composta e executada principalmente no campo, nas zonas rurais, usando como um dos instrumentos característicos a viola caipira. O tempo, o desenvolvimento da tecnologia musical, o deslocamento do homem do campo para as cidades e a popularização dos meios de comunicação foram determinando mudanças nos temas, nos arranjos e nas modalidades. Hoje pode-se falar em música caipira (ou sertanejo de raiz), sertanejo romântico e sertanejo universitário.
A Orquestra Barbarense de Violas ocupa-se principalmente da música caipira de raiz, que procura conservar a cultura folclórica do interior do país. Além de manter viva a tradição da música rural, o trabalho da OBV se junta aos demais artistas que vêem neste estilo musical a representação mais autêntica do homem do campo brasileiro.
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Apresentação na Virada Cultural 2013, na Estação Cultural (foto de Eder Henrique) |
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Apresentação na Virada Cultural 2013 (foto de Eder Henrique) |