sábado, março 23, 2013

Razão no. 22 - Grupo Escoteiro Uirapuru GEU48

 
Estive no dia 23 de fevereiro, sábado, na Câmara Municipal de SBO assistindo a uma cerimônia escoteira, ocasião em que a pioneira Fernanda Aparecida Moreira recebeu a insignia BP (Baden Powell), uma honraria consignada àqueles reconhecidos por seu trabalho no movimento escoteiro.

Fotos: Bete Padoveze 23.02.13
Fernanda Moreira recebeu a insígnia BP e renovou a sua promessa escoteira

Foi bacana, emocionante mesmo. Conhecer um pouco do trabalho da Fernanda me fez voltar no tempo, àqueles anos em que fui mãe de escoteiro.

O prefeito Denis Andia, com o lenço de escoteiro, após fazer a promessa escoteira, ladeado pelo presidente do GEU, André Fagnoli (na foto à direita), e pelo chefe Paulo Luís Pereira (à esquerda).
Bem, conforme disse o presidente atual do grupo, André Fagnoli, não existe ex-escoteiro - uma vez escoteiro, sempre escoteiro! Acho que por que o sentimento escoteiro que brota e evolui lá dentro da mente, continua lá. Fica às vezes meio inerte, mas na primeira oportunidade de realizar uma atitude positiva a cada dia, a alma do escoteiro fala alto e o ato positivo acontece. Daí, a minha conclusão é que também não existe ex-mãe de escoteiro, ou mãe de ex-escoteiro, sei lá... 


O melhor possível - Em síntese, este é o objetivo do movimento escoteiro: ajudar a formar, através das atitudes do dia a dia, bons líderes e bons liderados, jovens que serão capazes de contribuir positivamente em todos os ambientes em que estiverem. 
Flor de Lis, símbolo do movimento escoteiro
O Baden Powell que citei acima (Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell) foi o fundador do movimento em 1907 (não confundamos com o músico brasileiro Baden Powell), cujos princípios inspiraram e ainda inspiram muitos jovens no mundo todo - companheirismo, patriotismo, lealdade, trabalho, honra, respeito à família, à sociedade, à natureza.

Robert Baden-Powell (1857-1941), fundador do movimento escoteiro.

Os componentes do movimento escoteiro têm as atividades de acordo com a sua idade, sendo:
- Lobinhos:          de 6,5 a 10 anos
- Escoteiros:        de 11 a 14 anos
- Seniores:          15 a 17 anos
- Pioneiros:         18 a 21 anos

Acima de 21 anos, pode-se ser Mestre Escoteiro, cuja função é observar, orientar, corrigir, motivar.

Há muito o que dizer sobre o escotismo, mas o meu foco no momento é o GEU48 - Grupo Escoteiro Uirapuru 48, de Santa Bárbara d'Oeste.

Foto: Bete Padoveze 02.09.12
O GEU48 foi fundado em 1966 por Élio Jovarte Bueno de Camargo, juntamente com um grupo de pais, e desde então tem reunido muitas crianças e jovens barbarenses que se identificam com os princípios básicos do movimento.

GEU48 - Foto de 1967 da coleção particular de Élio Jovarte Bueno de Camargo (extraída do site do Cedoc da Fundação Romi)
A sede atual é no Parque dos Ipês, onde semanalmente o grupo se reúne para reuniões e atividades.

Foto: Eduardo Deffanti 02.09.12

Vista interna de uma das salas do sede do GEU-48 (Foto: Bete Padoveze 23.03.13)

Momento em que Marcelo, um novo escoteiro, após fazer a sua promessa e já usando o lenço escoteiro, recebe o diploma ao lado de sua mãe (Foto: Bete Padoveze 23.03.13)

Escoteiros....


...e lobinhos durante atividade semanal no Parque dos Ipês
 Fotos: Bete Padoveze 23.03.13
Outras atividades são realizadas ao ar livre, em locais apropriados, que permitem ao escoteiro desenvolver ações e projetos em grupo, para conhecer o meio ambiente, aprender técnicas de convivência com a natureza, reconhecer riscos ambientais, etc. Ao longo da existência do movimento escoteiro, algumas mudanças nas atividades foram realizadas, adequando-as à medida das necessidades e sempre levando em consideração o bem estar, a saúde e a segurança de cada criança, adolescente e jovem participante.
 
Outras ações desenvolvidas são ligadas à área social, quando o escoteiro aprende a conhecer a sua comunidade e as formas de contribuir socialmente. O escoteiro também é estimulado a desenvolver projetos onde as suas habilidades individuais são reconhecidas.
 
Para o mês de abril, por exemplo, a programação do GEU48 incluirá:
- ida a um supermercado da cidade, onde os lobinhos e escoteiros farão compras, que serão depois destinadas a uma entidade assistencial da cidade. Nessa atividade receberão orientação e acompanhamento sobre o valor do dinheiro e o seu bom uso, bem como sobre critérios para seleção de produtos, etc.
- participação em uma missa escoteira (dia 20 de abril)
- participação de evento escoteiro na praça central da cidade (27-28 de abril).
Desfile de 07 de setembro de 2012 (Fotos: Bete Padoveze)

Meu filho Breno foi escoteiro por vários anos até que, aos 21 e na condição de pioneiro, trabalho e estudo não mais permitiram que continuasse no grupo. Mesmo afastado, as grandes amizades nascidas e sedimentadas no grupo ainda o acompanham pela vida.

"Sempre tive um medo indigno de altura. qualquer degrau sempre pareceu um precipício para mim. Lembro um dia em que os Chefes Zau, Fausto e Moraes montaram uma falsa baiana, que consistia em duas cordas paralelas para atravessarmos um rio. Na primeira vez, não tive coragem e os Chefes entenderam isso, mas colocaram um desafio: "Quando você estiver pronto, você vai?" Prometi que sim! Na segunda vez, não fui. Não estava pronto! Só consegui ir na terceira vez e, depois daquele dia, aprendi que não havia limites para os desafios que aparecessem na minha vida. O escotismo transformou meus medos em ferramentas para superar os desafios da vida."

O lenço escoteiro do meu filho Breno, emoldurado, está exibido na parede, como lembrança desse período de sua vida e símbolo da importância do escotismo na sua formação. (*)
E, para me despedir, deixo abaixo o lema escoteiro:

Sempre Alerta!
 
que significa estar sempre preparado, atento, física e mentalmente, para cumprir o dever para com Deus, com a Pátria e com o Próximo!

(*) O lenço escoteiro do Uirapuru é um dos mais antigos lenços dentre os grupos da região.
 
Links:
Grupo Escoteiro Uirapuru
União dos Escoteiros do Brasil
Parque dos Ipês


sábado, março 16, 2013

Ragione no. 21 - Origine italiana



Padoveze, questo è il cognome della mia famiglia. Italiani sono i miei antennati, tutti buona gente.

Padovesi, Padovese, Padovezze, Padovezi, Padovezzi, Padoveis, Padovez - ci sono molti ortografie del cognome. Con molte possibili varianti, nella ricerca è difficile ritracciare la storia. Naturalmente questa è una situazione comune nei nomi di famiglie, in particolare quelli di origine straniera. Alcuni di questi nomi sono trasformati al punto di non si riconoscere il nome originale.
Famiglia Batalha - 1948 (foto tratta dal sito del Cedoc della Fondazione Romi)
In una città come Santa Barbara, i cognomi italiani sono talmente integrati alla composizione del nostro tessuto sociale che appena rendiamoci conto dell'importanza della immigrazione di questi stranieri (che sono arrivati qui alla fine del XIX secolo e all'inizio del ventesimo) nella nostra regione .

Famiglia Covolan - Foto 1928 (del sito CEDOC Fondazione Romi)
Vedi sotto alcuni di questi nomi. Se provieni da una famiglia italiana e non trovi il tuo nome sulla lista, ti prego di scrivere un commento in modo che io possa inserircelo.

Aggio Agnese Amadio Andia Andretta Anesio Angeleli/Angelelli Angolini Armelin Bachin Bacchin Bagarollo Bagnoli Balan Balancin Baldassin Baldesin Baldo Barbieri Basso Batagello Batagin Bataglia Batalha Belani Belinatti Bellan Belomo Beltrame Beltran Benatti Bertoli Betin Bettini Bevenuto Bevilacqua Biaggio Bianchini Bignotto Bigotto Biondi Biondo Bizeto Boaretto Boldrin Bolzan Bonamin Bonaro Bombecini Bondance Bonin Bonvechio Bordin Bordon Bortoletto Bortolozzo Bortolucci Bosquiero Botene Bragalhia Bragante Brazaroto Breda Bregnerotto Breviglieri Brocato Brugnerotto Budroni Buin Buriela Businari Calori Campagnolli Cantelli Capetta Capucci Carboni Carpin Casagrande Casarini Cassieri Casteletti Casteloni Castione Cavalini Cavichiolli Cerquiari Cervone Cielo Cilone Colavitti Coletti Coracin Corse Costabile Costarelli Covolan Dalbelo Daniel Defavari Delagracia Denadai Facion (Fazzion) Fagionato Fagnoli Filette Fornazari Fornaziero Fornazin Fornel Forti Fracassi Fracetto Froner Fronza Furlan Furlanetto Gagliardo Ganeo Gatti Giacomasi Giacomelli Giacomin Giacomini Giatti Gotardo Graciano Granzotte Grauzotti Grego Grivol Guassi Guidolin Iatarola Jacomasi Jacomin Jacomini Lacava Laudissi Leonardo Lolatto Mancini Manfrin Manfrinato Mantovani Manzatto Marangoni Marchesin Marcorin Marino Marolin Maronez Martignago Martonin Martorini Marusso Masiero Matarazzo Mattedi Mazuchelli Mella Meloni Mercante Milani Minotti Modenese Modesto Mollon Monaro Mondini Mondoni Moro Mosna Mutti Muzzi Naidelice Nazatto Padovan Padovani Padovese Padovesi Padoveze Padovezi Paduan Paganotti Pagliato Pagotto Paiosin Pantano Pantaroto Papa Paparoti Parazzi Pascon Passuelo Pastrelo Patussi Paulilo Pavan Pellison Pelosi Penachione Penatti Peresinotto Peressin Petrin Petrini Picarelli Pigatto Pinese Piovesan Piveta Pizano Pizzolato Polesi Politani Polla Polosi Pontelho Pontin Posignollo Prando Precomo Pressuto Prezoti Prezotto Pupin Quibao Rechia Ricci Ricetto Rigon Rizzeto Riguetto Rizzioli Romani (Romano) Romi Ronchadine Rosolen Rossi Rozinelli Sabaini Sabatini Sacchetto Saconi Saloto Scaletti Scarazatti Schiavolin Schiavon Scomparim Sconamiglio Stefanel Stênico Stocco Strapasson Suzigan Tomazzini Tonin Torricelli Tortelli Trevisan Tunussi Ustulin Vezzani Vicentin Zanatta Zancan Zanetti Zanini Zério Zúcolo
Famiglia Bizetto - 1938 (foto tratta dal sito del Cedoc della Fondazione Romi)
Questi cognomi possono essere visti nei nomi delle strade, piazze ed edifici pubblici, nelle facciate di negozi e altre attività, nelle denominazione delle industrie e delle imprese, rendendo la nostra città conosciuta grazie al successo dei loro figli nell'arte, nello sport, nella vita accademica e nello svolgere delle varie professioni.
Fotografie: Eduardo Deffanti e Bete Padoveze (16-03-13)
Nonostante l'importanza dell'immigrazione italiana nella composizione della struttura sociale ed economica di nostra città - ciò che accade in molte altre città brasiliane - la storia sembra essere lentamente dimenticata. È ancora poco quel che si fa per mantenere questa memoria, la sua influenza e le implicazioni nei tempi attuali, forse perché alcuni aspetti sono diventati abitudini delle famiglie e quindi non ci ricordiamo più che sono influenze straniere. Questo è il caso, per esempio, di alcuni cibi, già parte del nostro menu quotidiano.
Famiglia Tunissi - 1925 (foto tratta dal sito del Cedoc della Fondazione Romi)
Conoscere il passato ci aiuta a capire il presente, e il presente determina ciò che il futuro porterà. Conoscendo i nostri antenati impariamo a conoscerci noi stessi, a capire le nostre famiglie e molti dei nostri comportamenti.
Famiglia Prezotto - 1940 (del sito del Cedoc della Fondazione Romi)
Le storie di famiglia sono piene di richezze culturali.  Oggigiorno molta gente è in cerca delle sue storie per registrarle. A Santa Bárbara, il Cedoc della Fondazione Romi, il Centro di Memoria, il Museo dell'Immigrazione, la Fraternità della Discendenza Americana, il Circolo Italiano, per esempio, sono interessati a registrare i fatti, conservare le foto, documenti e oggetti, e diffondere aspetti socio-economici e culturali relativi agli immigrati che hanno formato la nostra città.
Fratelli Rizzeto (1934) – il terzo da destra a sinistra è il mio nonno materno, Antonio Riccetto. (foto prese dal sito della Fondazione RomiCedoc)

Anch’io ho fatto un piccolo contributo nel raccontare la storia dei Padovesi attraverso la pubblicazione della Amministrazione Comunale di Portogruaro, Veneto, Italia (progetto del Ministero per i Beni Culturali), nell’antologia preparata dai ricercatori Imelde Rosa Pellegrini e Ugo Perissinotto. Ugo e Rosa hanno raccolti in un libro di più di 700 pagine diverse storie dell'immigrazione degli italiani dal Veneto in tutto il mondo tra il 1800 e il 1900, dal titolo Emigrazione Dal Veneto Orientale tra '800 e '900. Una breve storia della mia famiglia è alle pagine 583-592, 976, 977 e 1016 (la versione elettronica è più completa).


Michelle Padovese (1853-1938), emigrato in Brasile con i loro figli nel 1892. (Foto dalla fine del XIX secolo, della collezione di famiglia)
Famiglia Padovese a Rio das Pedras lavorando all'apertura di una strada - 1920 (Foto dalla collezione di famiglia). Dettagli della fotografia sul sito web del Comune di Portogruaro, pagina 976)
Discendenti di Giovanni Padovese in Brasile (raccolta di foto di famiglia)
Nonostante il lavoro fatto per conservare questi aspetti storici, mi mancano gli eventi più caratteristici e che possono diventare interessanti alla nostra popolazione e ai visitatori e turisti. Una festa popolare italiana, ad esempio, con musica e un sacco di cibo, dove il verde-rosso-bianco darà il tono e colore  in cui è possibile rivivere il sapore antico, ma allegro e accogliente,delle rumorose riunioni delle famiglie italiane.
Arriverderci, cari amici, ci vediamo nel prossimo post!
Famiglia Nazatto - 1960 (foto tratta del sito Cedoc Fondazione Romi)
Ugo Perissinotto, da Concordia Sagittaria, Italia, uno degli autori del libro Emigrazione Dal Veneto Orientale tra '800 e '900, in visita al CEDOC Fondazione Romi del 19.09.13, insieme a me affianco alla foto della famiglia Padoveze nello spazio espositivo permanente. La foto in questione è stata inclusa nel suo libro.

Bete Padoveze e Luís Eduardo Deffanti davanti foto della famiglia Padoveze (foto: Tim Massey, di Tennessee, nella visita al Cedoc in April 30, 2018)
Serie: 50 ragioni per amare SBO


Razão no. 21 - Descendência italiana




Padoveze, este é o sobrenome da minha família. Os meus antepassados são italianos, tutti buona gente.

Padovesi, Padovese, Padovezze, Padovezi, Padovezzi, Padoveis, Padovez - são muitas as grafias do sobrenome. Numa pesquisa histórica, é difícil rastrear os antecedentes, com tantas variações possíveis. É claro que esta é uma situação bastante comum aos nomes de família, especialmente os de origem estrangeira. Alguns desses nomes se transformam a ponto de não reconhecermos o nome original.

Família Batalha - 1948 (extraída do site do Cedoc da Fundação Romi)
Numa cidade como Santa Bárbara, os sobrenomes italianos estão de tal maneira inseridos na composição do nosso tecido social que mal nos damos conta da relevância da imigração desses estrangeiros  (que aqui chegaram no final do século XIX e início do século XX) para a nossa região.  

Família Covolan - Foto de 1928 (do site do Cedoc da Fundação Romi)
Veja abaixo alguns desses nomes. Se você vem de uma família italiana e não está achando o seu nome na lista, por favor escreva um comentário para que eu possa fazer a inclusão.

Aggio Agnese Amadio Andia Andretta Anesio Angeleli/Angelelli Angolini Armelin Bachin Bacchin Bagarollo Bagnoli Balan Balancin Baldassin Baldesin Baldo Barbieri Basso Batagello Batagin Bataglia Batalha Belani Belinatti Bellan Belomo Beltrame Beltran Benatti Bertoli Betin Bettini Bevenuto Bevilacqua Biaggio Bianchini Bignotto Bigotto Biondi Biondo Bizeto Boaretto Boldrin Bolzan Bonamin Bonaro Bombecini Bondance Bonin Bonvechio Bordin Bordon Bortoletto Bortolozzo Bortolucci Bosquiero Botene Bragalhia Bragante Brazaroto Breda Bregnerotto Breviglieri Brocato Brugnerotto Budroni Buin Buriela Businari Calori Campagnolli Cantelli Capetta Capucci Carboni Carpin Casagrande Casarini Cassieri Casteletti Casteloni Castione Cavalini Cavichiolli Cerquiari Cervone Cielo Cilone Colavitti Coletti Coracin Corse Costabile Costarelli Covolan Dalbelo Daniel Defavari Delagracia Denadai Facion (Fazzion) Fagionato Fagnoli Filette Fornazari Fornaziero Fornazin Fornel Forti Fracassi Fracetto Froner Fronza Furlan Furlanetto Gagliardo Ganeo Gatti Giacomasi Giacomelli Giacomin Giacomini Giatti Gotardo Graciano Granzotte Grauzotti Grego Grivol Guassi Guidolin Iatarola Jacomasi Jacomin Jacomini Lacava Laudissi Leonardo Lolatto Mancini Manfrin Manfrinato Mantovani Manzatto Marangoni Marchesin  Marcorin Marino Marolin Maronez Martignago Martonin Martorini Marusso Masiero Matarazzo Mattedi Mazuchelli Mella Meloni Mercante Milani Minotti Modenese Modesto Mollon Monaro Mondini Mondoni Moro Mosna Mutti Muzzi Naidelice Nazatto Padovan Padovani Padovese Padovesi Padoveze Padovezi Paduan Paganotti Pagliato Pagotto Paiosin Pantano Pantaroto Papa Paparoti Parazzi Pascon Passuelo Pastrelo Patussi Paulilo Pavan Pellison Pelosi Penachione Penatti Peresinotto Peressin Petrin Petrini Picarelli Pigatto Pinese Piovesan Piveta Pizano Pizzolato Polesi Politani Polla Polosi Pontelho Pontin Posignollo Prando Precomo Pressuto Prezoti Prezotto Pupin Quibao Rechia Ricci Ricetto Rigon Rizzeto Riguetto Rizzioli Romani (Romano) Romi Ronchadine Rosolen Rossi Rozinelli Sabaini Sabatini Sacchetto Saconi Saloto Scaletti Scarazatti Schiavolin Schiavon Scomparim Sconamiglio Stefanel Stênico Stocco Strapasson Suzigan Tomazzini Tonin Torricelli Tortelli Trevisan Tunussi Ustulin Vezzani Vicentin Zanatta Zancan Zanetti Zanini Zério Zúcolo
Familia Bizetto - 1938 (foto extraída do site do Cedoc da Fundação Romi)
Esses nomes podem ser vistos nas denominações de ruas, praças e locais públicos, nas fachadas de estabelecimentos comerciais e outras atividades, dando nome a indústrias e empreendimentos, tornando nossa cidade conhecida através do sucesso de seus filhos nas artes, nos esportes, na vida acadêmica e no exercício das mais variadas profissões.

Fotos: Eduardo Deffanti e Bete Padoveze (16-03-13)
 Apesar de toda a importância da imigração italiana na composição da estrutura social e econômica de nossa cidade - que acontece em muitas outras cidades brasileiras - a história parece estar aos poucos ficando esquecida. O que se faz para preservar essa memória, sua influência e implicações nos momentos atuais ainda é pouco. Talvez por que alguns aspectos estejam tão agregados aos hábitos da maior parte que já não se lembra mais que são influências dessa cultura estrangeira. É o caso, por exemplo, da comida, que faz parte do nosso cardápio diário.
Família Tunissi - 1925 (foto extraída do site do Cedoc Fundação Romi)
Conhecer o passado nos faz compreender o presente, e o tempo presente determina o que virá no futuro. Conhecendo nossos antepassados  aprendemos a nos conhecer, a entender nossas famílias e muitos dos comportamentos que questionamos.

Família Prezotto - 1940 (do site do Cedoc da Fundação Romi)
As histórias de família, além de sua bagagem sócio-cultural, são enriquecedoras. Atualmente muita gente procura pesquisar a sua história e registrá-la. Em nossa cidade, o Cedoc da Fundação Romi, o Centro de Memória, o Museu da Imigração, a Fraternidade Descendência Americana e o Circolo Italiano, por exemplo, preocupam-se em registrar fatos, preservar documentos, fotografias e objetos, e difundir os aspectos sócio-econômicos e culturais relacionados a imigrantes que formaram nossa cidade.
Irmãos Rizzeto (1934) - o terceiro da direita para a esquerda é o meu avô materno, Antonio Riccetto. (foto extraída do site do Cedoc da Fundação Romi)
Eu também dei uma pequena contribuição ao contar um pouco da história dos Padovezes através da publicação da Amministrazione Comunale di Portogruaro, Veneto, Italia (projeto do Ministero per i Beni Culturali), numa antologia preparada pelos pesquisadores Imelde Rosa Pellegrini e Ugo Perissinotto.  Rosa e Ugo reuniram num livro de mais de 700 páginas histórias sobre a imigração dos italianos da região do Veneto para o mundo entre 1800 e 1900, intitulado Emigrazione dal Veneto Orientale tra '800 e '900. A história resumida de minha família está nas paginas 583 a 592, 976, 977 e 1016 (a versão eletrônica é mais completa).
Michelle Padovese (1853-1938), que imigrou para o Brasil com os filhos em  1892.(foto do final do século XIX, do acervo da família)
Familia Padovese em Rio das Pedras trabalhando na abertura de uma estrada - 1920 (Foto do acervo da família). Detalhes da foto no site da Comune di Portogruaro, pagina 976)
Descendentes de Giovanni Padovese no Brasil (foto do acervo da família)

Apesar do trabalho feito para preservar esses aspectos históricos, sinto a falta de eventos mais direcionados e que possam transformar-se em atrativos para a nossa população, bem como para visitantes e turistas. Uma festa popular italiana, por exemplo, com muita música e muita comida, onde o verde-vermelho-branco dê o tom e onde possamos reviver o gostinho antigo, mas alegre e acolhedor, das ruidosas reuniões de famílias italianas.

Arriverderci, cari amici, ci vediamo nel prossimo post!

Familia Nazatto - 1960 (foto extraída do site do Cedoc Fundação Romi)

Ugo Perissinotto, de Concordia Sagittaria, Itália, um dos autores do livro Emigrazione dal Veneto Orientale tra '800 e '900,  em visita ao Cedoc da Fundação Romi em 19.09.13, ladeando comigo a foto da família Padoveze no espaço expositivo permanente. A foto em questão também está incluída em seu livro.
Bete Padoveze e Luís Eduardo Deffanti em frente à foto da família (foto: Tim Massey, do Tennessee, em visita ao Cedoc em 30.04.18)