segunda-feira, agosto 05, 2019

Razão no. 38 - Circuito Santa Bárbara - Caminhada Cultural

Circuito Santa Bárbara - Caminhada Cultural de 07 de julho de 2019

Numa manhã muito fria, porém sem coragem de fugir do compromisso e com a inscrição confirmada, fiz-me forte e resoluta e fui até o Parque Araçariguama para a programada Caminhada Cultural. Não era a minha primeira vez, assim sabia que valeria a pena.

No local, outros corajosos já tinham partido, já que a primeira turma estava programada para sair às 7:00 da manhã. 

Enquanto as próximas turmas se organizavam e tomavam o café da manhã, a próxima já se aquecia com exercícios adequados orientados por professor de Educação Física do Sesi. No local, de plantão, estava o pessoal da organização, segurança e saúde. 

Fotos: Bete Padoveze - 07/07/19
A saída do Parque Araçariguama foi cheia de coragem e o meu grupo estava liderado pelo jovem Secretário da Cultura e Turismo, Evandro Félix Carneiro. A primeira parada foi no Centro Operacional "Mauro da Bomba"uma ampla instalação do DAE onde se encontram os maquinários, materiais e equipamentos, além de refeitório, oficina mecânica e centro de treinamento. O local recebeu esse nome em homenagem ao Mauro da Rocha Campos, conhecido popularmente por Mauro da Bomba, devido ao fato de trabalhar e residir no local onde havia instalado uma bomba de água.


Após uma subida desafiadora em direção à Vila Garrido, o próximo ponto de parada foi o Museu da Imigração, em frente à antiga Biblioteca Municipal/antiga Prefeitura. (P.S. com muita curiosidade estamos aguardando a divulgação da nova destinação do prédio)



 Visitando o acervo do Museu da Imigração

O que abrigará o prédio da antiga biblioteca/antiga prefeitura, localizado na Rua João Lino?


Em seguida, uma pequena pausa em frente ao Grupo Escolar Inocêncio Maia, a segunda escola da cidade - fundada em 1940 (onde estudei o ciclo básico), localizada na quadra onde a João Lino se bifurca para dar início à Avenida Monte Castelo. 

O próximo ponto foi a nova Alameda dos Seresteiros, reinaugurada em 18 de janeiro deste ano.


Da Alameda dos Seresteiros, caminhamos alguns passos até a ETA1, do outro lado da Avenida Monte Castelo. Hoje não mais utilizada para tratamento de água, também é uma possibilidade de parada para descanso nas mesinhas e banquinhos ali instalados. Lá podemos ver o belíssimo painel-mosaico comemorativo do Bicentenário da cidade em 2018.


A ETA1 foi inaugurada em maio de 1941, tendo sua capacidade de tratamento e de reserva ampliadas. Atende cerca de 8 mil pessoas nos bairros adjacentes. Ocupa uma área nobre do município de 5 mil m2, entre a avenida Monte Castelo e as ruas Camilo Augusto de Campos e João Lino. Durante longo tempo tratou água bombeada da Cachoeira, no Rio Piracicaba; posteriormente passou a receber água do Ribeirão dos Toledos, através da Represinha Santa Alice, sendo que hoje coleta a água bruta do Córrego Araçariguama.


O “Mosaico 200 anos” foi formado pelas artes dos alunos das escolas municipais

O Museu da Água, localizado na Rua Camilo Augusto de Campos, Vila Alves, tem o objetivo de proporcionar educação ambiental aos cidadãos, principalmente às novas gerações, e promover o resgate e valorização do patrimônio histórico da cidade.


Bicicleta usada na década de 50 por funcionário encarregado da medição dos hidrômetros
Maquete mostrando a bacia hidrográfica de SBO

Fizemos uma passada rápida em frente ao Hospital Santa Bárbara (Santa Casa de Misericórdia), uma entidade beneficente sem fins lucrativos, fundada em julho de 1950 e contratualizada com o município desde 2010.

Casa na esquina da Dante Tortelli com a João Lino, com arquitetura de época preservada

Em frente ao terminal urbano e ao lado da nova Biblioteca Municipal um bonde totalmente restaurado por dentro e por fora, permitindo um espaço adicional para a leitura, transforma a paisagem urbana e remete a outros tempos (observação: nossa cidade nunca foi servida por bondes).



O ponto alto da caminhada foi, sem dúvida, a nova Biblioteca Municipal! Inaugurada em 25 de janeiro de 2019, edificada com contêineres, é moderna, acolhedora, organizada, um presente para a cidade! Quem não visitou, deve fazê-lo. Senti vontade de pegar um livro e ficar por lá mesmo...





Próximas paradas: Centro Municipal Educacional e Esportivo Djaniro Pedroso...


...ao lado do Terminal Urbano,


...Teatro Municipal Manoel Lyra,


... Praça Central, onde o totem do Bicentenário (o totem tem 3 metros de altura e fez a contagem regressiva para a celebração dos 200 anos em 2018) marcava a temperatura de 14,7 graus às 11:04 da manhã!!!



A praça central de nossa cidade é, na realidade, dividida em 2 praças - Praça Coronel Luis Alves (na foto acima) e Praça Rio Branco

Em frente à Igreja Matriz de Santa Bárbara, está o Marco Zero da cidade, cujo símbolo foi instalado em 04 de dezembro de 2018, em comemoração aos 200 anos da cidade.



Não muito longe da praça central, mais uma rápida caminhada e estávamos em frente à Escola Estadual de Primeiro Grau "José Gabriel de Oliveira", fundada em 1913, a primeira da cidade.

Evandro Félix Carneiro e Shaeny Gomes da Costa informando sobre a escola

Dobrando a rua, na esquina da Rua XV de Novembro com a Graça Martins, está a Igreja Presbiteriana de Santa Bárbara d'Oeste, inaugurada em 13 de janeiro de 1952.


Descendo um pouco mais, chegamos à bela fachada restaurada da Tecelagem Campo Belo.


Um pouco mais adiante, as modernas instalações do DAE na Rua José Bonifácio, inauguradas em maio de 2008.


Atravessando a feira livre da cidade, visitamos a Estação Cultural. Das antigas casinhas de funcionários da ferrovia, duas delas hoje são ocupadas pela Fraternidade Descendência Americana e pelo Circolo Italiano.



No caminho de volta ao Araçariguama, pudemos observar alguns exemplos de casas com arquitetura de décadas atrás:




Em frente ao Centro Social Urbano (CSU), uma vista da Avenida Corifeu de Azevedo Marques, com suas graciosas pontes para  pedestres e bicicletas e grades de proteção para os passantes, que cada vez mais vão ao local para caminhadas ao longo da avenida.


Uma pequena pausa em frente ao Parque dos Ipês:


O novo bosque da Corifeu liga o Parque dos Ipês e o Parque Araçariguama e tem iluminação LED sem fiação aérea.


Ao final da Caminhada, os participantes plantaram uma árvore no Parque Araçariguama, completando assim uma manhã dedicada à observação, conhecimento e apreciação de nossa cidade.

Eu plantando a minha árvore, encerrando uma manhã de muita caminhada e frio, mas imensa satisfação!

Caminhada Cultural de 25 de março de 2010


Não acordei no melhor dos meus dias hoje, mas como já havia feito a inscrição para a Caminhada Cultural (que reuniu quase 600 pessoas, em grupos de 50 saindo em intervalos regulares), botei minha camiseta de mangas verdes, os tênis velhos de caminhada, e fui, deixando prá trás a Nina latindo, ou melhor, chorando, ao me ver saindo sem ela (essa cachorra é esperta prá danar).

Na Estação Cultural, um aquecimento rápido com o pessoal do Sesi e seguimos (07:05 da manhã, gente!) em grupo para o centro da cidade. A Graça foi nossa guia, simpática e divertida como sempre. A primeira parada foi na praça central onde Dona Margarida das Graças Martins e seu escravo (Cia. Xek Mat) nos esperavam para alguma informação histórica (SBO é uma das poucas cidades do Brasil fundadas por mulheres).


Foi aí que percebi que tinha esquecido de carregar as baterias da câmera. Corri para o posto de gasolina e comprei novas pilhas. Claro que não funcionaram e tive que me contentar em tirar algumas poucas fotos.

Dali seguimos para o Museu da Imigração, onde vimos uma pequena exibição do Folk Danci Group, cuja festa anual será no próximo dia 11 de abril. Minha cunhada Nanci, mentora do grupo, e minha sobrinha-afilhada Kelita, grande incentivadora, estavam lá mostrando um pouco do seu trabalho.


Numa das salas do museu estavam expostos quadros de minha outra sobrinha, a Keila.


Na entrada do museu também vemos a estátua "Cangaceiro", uma obra interessante, feita de sucatas, do artista Lúcio Bittencourt.


Na saída do museu começou um chuvisqueiro; parei num bar, pedi uma sacolinha plástica e protegi a câmera. Seguimos a pé pela Avenida Monte Castelo, protegendo-nos nalgumas marquises e tomando aquela chuvinha fina até a velha caixa d'água, ao lado do Museu da Água, nossa próxima parada. Lá dentro, ouvimos uma poesia sobre a água pelo Almir Pugina, dedicado incentivador do teatro barbarense. Visitamos o museu e seguimos para a visita ao Cedoc - Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi, onde nos aguardava o Coral Municipal regido pelo Giovanni Bonfim (lá encontrei os amigos Roseli e Marcos, do curso de italiano).


Bem, o Angolini mostrou-nos que o Cedoc está maravilhoso, simplesmente vale a pena passar umas horas lá conhecendo a história de Sbó. Moderno, cheio de recursos, atrativo. Sensacional!

A próxima parada seria a antiga Usina Santa Bárbara, mas a chuva aumentou bastante, quase arruína o passeio. Fizemos uma parada forçada no anfiteatro em obras da prefeitura, e depois continuamos mesmo em meio ao chuvisqueiro, que teve pena de nós, aos poucos foi se acalmando e finalmente parou. Chegamos às antigas instalações da usina levemente molhados, fizemos novamente nosso alongamento acompanhados pelo Sesi e pela orquestra barbarense de violas. Os velhos barracões tem um charme, um clima muito legal, e foi um grande acerto destinar essa área aos eventos da cidade.



Em seguida, tivemos um café da manhã caprichado na qualidade e no visual, encerrando prá mim essa manhã bem barbarense, provando que Sbó está se esforçando para melhorar e chegar à condição da bela e desenvolvida cidade que pode ser. Ah, como bônus final das baterias, uma foto do belo caminho dos flamboyants até a usina, beleza natural preservada e agora com o pavimentação de bloquetes e calçadas laterais, para conforto dos caminhantes ocasionais como eu....