As duas orquídeas floresceram, solitárias e belas, num lado escondido do jardim, e pareciam destinadas a não ser admiradas. Tinham uma a outra, e uma triste sina, a da beleza esquecida.
Triste, para a flor que se preparou por longos meses resistindo aos ataques de sol, chuva, poeira, insetos, caracóis; resta o abrir-se para o nada e depois morrer...
Para os olhos também, que esperaram pelo seu esplendor, que nunca se sabe quando acontece, e de repente alguns dias se passam e nem se vê, já veio e já se foi.
Os olhos da câmara, porém, são espertos e registram em segundos o esplendor de poucos dias, e assim a beleza ganha eternidade...
quarta-feira, abril 21, 2010
terça-feira, abril 13, 2010
FESTA NO CEMITÉRIO
Festa Confederada ou Festa dos Americanos no Cemitério do Campo ou dos Americanos.
Sim, é uma festa no cemitério. Nada a ver com Halloween, encontro de góticos ou qualquer coisa fúnebre. Ao contrário, é uma festa como deve ser. Com comida, bebida, música, danças, muito sol, muita animação e alegria. Talvez um pouco estranho, pois tudo se passa a pouca distância de alguns jazigos, cujos moradores parecem não se incomodar com o barulho...
À primeira vista, o visitante pode se sentir um pouco confuso - será isso um "remake" de E o vento levou? O que fazem esses jovens vestidos de soldados da Guerra da Secessão?
E essas jovens com esses vestidos longos neste calor tropical?
Para entender, é preciso conhecer um pouco a história dos norte-americanos que imigraram para diversos pontos do Brasil após a Guerra Civil. Mais precisamente, o Cemitério do Campo preserva a história daqueles que vieram para Santa Bárbara d'Oeste e aqui se fixaram, e de onde se originou, a partir da Vila dos Americanos, a vizinha cidade de Americana.
A história é interessante e vale a pena conhecê-la mais a fundo, entender as influências sociais, culturais e econômicas na região, e saber que os nomes americanos nas ruas dessas cidades têm a ver com pessoas que ali viveram e criaram suas famílias.
É uma festa para todas as idades, onde a descontração é o elemento mais comum. Não é preciso ser descendente, simpatizante, historiador ou fotógrafo para se sentir bem ali. Basta gostar de ver gente alegre, de ouvir street jazz (Russo Jazz Band), basta gostar de sentir um pouco de ar fresco, sol (e às vezes - por que não é possível controlar o tempo - algumas gotas de chuva).
Marque na sua agenda para o próximo ano: segundo domingo de abril. Tenho certeza de que você vai se divertir.
Russo Jazz Band - Festa de abril de 2008. Ao fundo, a Capela erigida na entrada do cemitério.
Russo Jazz Band em abril de 2010
Bárbara, one of the Yellow Roses of Texas
O Can-can dos saloons do Velho Oeste
Já preparando as jovens para as próximas festas
Um pouco de Hanna Montana - a nova geração
Olivia
sábado, abril 03, 2010
Dia de chuva
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