As duas orquídeas floresceram, solitárias e belas, num lado escondido do jardim, e pareciam destinadas a não ser admiradas. Tinham uma a outra, e uma triste sina, a da beleza esquecida.
Triste, para a flor que se preparou por longos meses resistindo aos ataques de sol, chuva, poeira, insetos, caracóis; resta o abrir-se para o nada e depois morrer...
Para os olhos também, que esperaram pelo seu esplendor, que nunca se sabe quando acontece, e de repente alguns dias se passam e nem se vê, já veio e já se foi.
Os olhos da câmara, porém, são espertos e registram em segundos o esplendor de poucos dias, e assim a beleza ganha eternidade...
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