Nasci numa pequena casa no centro da cidade, à Rua General Câmara (não vou revelar quando, embora possa me trair nos detalhes), insuficiente para a família de oito pessoas que éramos. Quando ainda era pequena nos mudamos para uma casa maior na Vila Linópolis, que ainda hoje é a casa da família.
Todo mundo arrumadinho para a foto |
A casa mudava de tempos em tempos para acomodar novas necessidades. Mais um bebê (a sétima criança), avós, tios, familiares que viveram temporariamente lá. Meus pais tinham a porta e o coração abertos para ajudar, e o faziam de forma desinteressada.
Hoje nela vivem apenas minha mãe e meu tio, mas as paredes ainda guardam a presença de meu pai - quase sempre espero vê-lo no vão de entrada da cozinha, ou sentado numa das cadeiras de nylon da garagem, lendo o seu jornal.
Na sala, santos, relógios e muitas fotos de momentos especiais da família. Num canto especial, a foto dele predomina.
A presença de meu pai também é forte no viveiro das orquídeas que ele tanto amou e que minha mãe se esmera em manter deslumbrantes.
Gosto de olhar os muitos vasos e plantas por toda parte, gosto da maneira como minha mãe vai enchendo de cor e vida toda a casa.
O quintal hoje é um pouco menor do que nos nossos tempos de criança, pois cedeu lugar a um rancho onde acontecem almoços alegres e ruidosos e, como convém a uma família de raízes italianas, há sempre muita comida na grande mesa recoberta de mosaicos, obra artesanal de mosaico feita a muitas mãos (filhos, genros, noras e netos).
As gestoras do projeto foram a Tere e a Kasy (Maria Clara) |
É ali, prá mim, que Santa Bárbara d'Oeste começa.
Adorei... Também tenho a sensação de que o vô estará lá na calçada, com os pés apoiados na árvores, esperando a gente chegar para a Sexta-feira Ovo.
ResponderExcluirQue lindo Beth!!! Amei seu ponto de vista do inicio do seu amor por Santa Barbara...bela cronica!
ResponderExcluir