sábado, abril 20, 2013

Razão no. 23 - Feira das Nações


A Feira das Nações de Bárbara d’Oeste entregou ao público em 2012 a sua 28ª. Edição. A primeira edição da Feira aconteceu de 14 a 16 de outubro de 1983, tendo como local a praça central da cidade, onde ficaram instaladas as barracas de comidas típicas. Em quase três décadas de existência - promovida pela Prefeitura Municipal de Santa Bárbara d'Oeste, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e Fundo Social de Solidariedade, podemos considerá-la um evento de sucesso.

1a. Feira das Nações em 1983 - Dança Típica - Praça Central, em frente à Igreja Matriz (1) 
Bem, há controvérsias, eu sei...
O evento, que faz parte do calendário oficial da cidade, já teve seus altos e baixos, teve aliados e antagonistas, mudou alguns formatos, mudou de lugar, mudou o público. Tudo muda, e por que seria diferente com a Feira das Nações?
Portal da 14ª Feira das Nações, realizada no Centro Social Urbano - CSU, em 1996 (1)
Atualmente parece-me que a festa  está num momento delicado. Alguns dizem que há um excesso de concorrência de outros eventos que também interessam ao grande público. Outros dizem que o local atual tem menor acessibilidade. Outros comentam que os shows apresentados não provocam a mesma expectativa. Há quem sequer saiba quando ela acontece, ou seja, reclamam que há insuficiente divulgação. Outros comentam que os resultados financeiros para as entidades beneficentes não são compensadores e que há uma grande carência de voluntários para ajudar no trabalho das barracas.
A festa é aberta ao público de todas as idades (2)


Houve momentos em que a preocupação era o medo de roubos, atos de violência, o que tirava o caráter familiar da festa.
Para agradar aos pequeninos...  (2)
...e aos grandões.. (2)
Entre os prós e os contras, entre as concordâncias e as dissonâncias, a Feira das Nações continuou a ser realizada.
O evento agora é realizado nas antigas instalações da Usina Santa Bárbara (2)
Os grandes atrativos da Feira das Nações são os shows e as comidas étnicas vendidas nas barracas das entidades beneficentes, sendo possível fazer um pequeno tour gastronômico para provar alguns pratos típicos de países como a Argentina, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Síria, Portugal, Itália, China, e, claro, Brasil. É certo que pizza, esfirra, kibe, churrasco, pastel, cachorro quente e batatas fritas já fazem parte de nosso dia a dia e não representam nenhuma novidade. Mas é preciso atender ao gosto geral e sempre se pode encontrar algum prato um pouco menos comum. 
Barraca da APAE, com o tradicional churrasco argentino - 2012 (2)
O estado de Minas Gerais tem uma barraca só prá ele - Creche João Paulo II (2)
Inglaterra - Rotary Club Progresso (2)

Síria - Rotary Club (2)
Gente famosa já participou de nossa Feira das Nações: Paralamas do Sucesso, Demônios da Garoa, Sá & Guarabira, Fresno, Mazinho Quevedo, Christian e Ralf, Vando, Teodoro e Sampaio, Moraes Moreira, Raíces da América, Guilherme Arantes, Paula Fernandes, Jessé, Roupa Nova, Martinho da Vila, Chitaozinho e Xororó, e muitos outros.

O público na 28a. edição, durante um dos shows (extraída do "Diario" de 23.10.2012)

As gincanas foram grandes atrações nas festas no CSU (2)


Além dos shows e comes-e-bebes, a decoração das barracas e os casais representantes das entidades marcam momentos importantes da Feira das Nações (no início do evento, apenas garotas representavam as entidades). Os casais são formados por jovens belos e bem vestidos – difícil não atrair a atenção dos visitantes. Além de tudo isso, dançam!
Os casais representantes das entidades na festa de 1997. A abertura foi na casa grande da Usina Santa Bárbara e a festa no CSU Centro Social Urbano (1)
Elaine e Alexandre Scarpelin representando o Paraguai em 2000
A Feira das Nações tem sido realizada nos últimos anos nas antigas instalações da Usina Santa Bárbara, que passou a ser o local de eventos para grandes públicos. Tem o seu charme e algumas vantagens em relação ao local anterior, o Centro Social Urbano. 
Meus dois filhos representando entidades: Breno (com Aline), representando o SOS com a Áustria, e Eduardo (com Mayara), representando a ABE com os Estados Unidos.
Gosto da festa e torço para que haja continuidade, apesar dos problemas. Além de dar à cidade a oportunidade de uma grande festa popular, permite às entidades um pouco mais de visibilidade, já que algumas são praticamente desconhecidas por parte da população. Talvez num futuro possa haver painéis de informação sobre as atividades de cada uma delas, mostrando dados como número de pessoas atendidas, tipo de atendimento, possibilidades de trabalho voluntário, etc., permitindo que os visitantes conheçam um pouco mais sobre o trabalho que realizam.

(1) Fotos extraídas do site do Cedoc da Fundação Romi
(2) Fotos: Bete Padoveze

2 comentários:

  1. Adorei ver as fotos antigas!

    ResponderExcluir
  2. Eu gostei de saber mais um pouco. Festas similares são realizadas em todo o mundo e costumam ser um local onde as pessoas podem aprender um pouco mais sobre outras culturas, além de confraternizar.

    ResponderExcluir