Razão no. 8 - Desfile de 7 de Setembro

Muitas vezes a gente se esquece da verdadeira origem dos feriados cívicos, mesmo dos mais importantes. Pior, tem gente que também não sabe, ou não se recorda, o que significam algumas dessas datas.

A gente entende: demonstrações patrióticas não são muito frequentes hoje em dia (exceto em jogos da Copa....). Mas deveriam. Afinal, não nascemos sabendo história e civismo - aprendemos na escola e na vida.


Desfile em 1962 - Foto do Site da Fundação Romi

As cerimônias cívicas, incluindo os desfiles, foram parte dos ensinamentos que recebi sobre minha Pátria e me ajudaram a desenvolver meus sentimentos de amor e respeito ao meu País. Aos poucos, as oportunidades de pensar o patriotismo foram se tornando mais raras mas não foram esquecidas.

Os desfiles significavam muito mais do que apenas uma obrigação - eram oportunidades de socialização, de ver e ser vista, de focalizar os pais e parentes na calçada esperando a nossa passagem em marcha ao som da fanfarra.

Bons tempos! Boas lembranças...

Havia o encantamento, a expectativa de esperar por semanas pelo desfile de Sete de Setembro, o clímax do ano escolar. Dos desfiles, o apogeu era o do Emílio Romi, então a única escola de segundo grau da cidade. Aí vinha o apogeu do apogeu - a fanfarra do Emílio Romi e, finalmente, o apogeu do apogeu do apogeu - os bumbos da fanfarra do Emílio Romi, sempre tocados por jovens altos e fortes com movimentos acrobáticos determinados e precisos, dos quais a gente precisava se afastar tamanha a força das batidas das baquetas nos instrumentos.


Fanfarra do Emílio Romi em 7/09/70 - Rua João Lino (foto: Loto Pires Barbosa - site Fundação Romi)

Meu irmão  Padu  tocava  na  fanfarra e eu esperava ansiosamente para vê-lo passar, elegantemente vestido com o uniforme branco de jaqueta de cetim debruada em azul e vermelho, e o quepe de marinheiro também branco com os debruns em azul e vermelho; as luvas brancas conferiam um toque de classe ao conjunto uniformizado. E a fanfarra desfilava com garbo e majestade pela Avenida Monte Castelo e demais ruas centrais da cidade...

Desfile 7 de setembro de 2010 - Foto do Site da Fundação Romi

Foto extraída do blog Walter Bartels Portal de Notícias - Desfile de 2011



Assistindo parcialmente ao desfile deste ano em nossa cidade, percebi que esse sentimento de orgulho ainda está presente em muitos dos jovens estudantes barbarenses. Orgulho de serem estudantes, orgulho de representar sua escola, orgulho pela sua cidade, pelo seu país. Orgulho de si mesmos. 







Os desfiles atuais, além das mostras de louvor ao País, também mostram as críticas, os protestos, já que a cada cidadão é reservado o direito de clamar pelos seus direitos.

Grito dos Excluídos

Grito dos Excluídos

Senti falta de muitas escolas tradicionais de Santa Bárbara. A Gabriel de Oliveira  fez uma bela apresentação e deixou uma mensagem bacana:

A fanfarra, como sempre, é o ápice dos desfiles:

Escola Gabriel de Oliveira



FAMAM

E os cidadãos barbarenses enfrentam o sol e a aglomeração,

participando não apenas da vida de seus filhos e netos,

mas da vida da cidade que os acolhe.





Clique: Desfile de 7 de setembro de 2012



Fotos Desfile 7 de setembro de 2012: Bete Padoveze